quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Coletivo Duas Cabeças organiza a semana de combate à LGBTTIfobia da UFJF

Queríamos não precisar de uma campanha como essa. Mas, infelizmente, muitos de nós temos que conviver diariamente com diferentes graus de violência no dia a dia. Por isso é preciso a luta por respeito. No Brasil, um crime de ódio contra pessoas LGBTTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais) acontece a cada 27 horas, ou seja, pessoas vêm sendo assassinadas por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Diante desse cenário a UFJF lançou a “Semana de Combate à LGBTTIfobia”, realizada pelo Grupo de Pesquisa em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed) da Faculdade de Educação, pelo Coletivo da Diversidade Sexual e de Gênero Duas Cabeças, pelo DA Benjamin Colucci (Direito) e pelas diretorias de Ações Afirmativas e Imagem Institucional.
Como parte da programação, a UFJF lança a campanha “Por que a gente te incomoda?”, com o objetivo de provocar a reflexão sobre o preconceito em nossa sociedade.

(Fotos: Caique Cahon)









segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Estamos em guerra!



Lógico que o titulo é provocativo e carrega uma enorme intencionalidade para tanto, mas não deixa de ser um fato. A comunidade LGBTI está em guerra e nós conhecemos claramente nossos principais inimigos: os fundamentalistas religiosos. Nesta guerra, as armas são outras, mais potentes, mais poderosas, pois são armas ideológicas. Recorro-me à filósofa Marilena Chauí que entende a ideologia como um conjunto de querer (vontade), julgar (razão), sentir (percepção) e recordar (memória), ou seja, ideologia é visão de mundo e é exatamente ela que nos separa dos fundamentalistas.

Para eles, os direitos das mulheres, dos homossexuais, dos negros...são subjugados e em seu lugar colocam um moralismo hipócrita de manutenção do tradicional, ideias conservadoras que para nós é a maior representação do mais ultrapassado e preconceituoso modo de ver a sociedade. A ideologia dos grupos como as feministas na busca por igualdade de gênero e dos LGBTIs na luta por identidade de gênero e sexualidade, está pautada em tristes vivências que nos excluem desde o nascituro. Por isso, costumo dizer que já nascemos militando. Sentimos nas ruas, em casa, nas escolas, nos shoppings, em todo o lugar, os efeitos que produzem na sociedade os discursos fundamentalistas. Nossos predadores são orientados pelas formas de julgamento que exercem enorme influência na construção do pensamento, pois julgam baseados não em vivências, mas em esquemas que rechaçam o diferente.  

São brigas de ideias que nos dividem entre nós x eles. São batalhas de pensamento. Mas nessa guerra nós estamos perdendo. A cada decisão que diminui direitos dos grupos “minoritariamente” representados, estamos abrindo espaço para o fortalecimento dessas ideias reacionárias defendidas por eles, ideias que representam uma doença na sociedade, pois estimulam o abatimento do respeito, da empatia e da solidariedade.

É por isso que estamos em guerra. A luta por espaço e por representação política é o mote: estamos brigando por reconhecimento e poder de decisão.  Estamos vendo verdadeiros retrocessos acontecerem na nossa política por decisões tomadas pelas bancadas fundamentalistas. São decisões fortes contra as mulheres, os negros, os pobres, os gays...
Estamos em guerra. Não temos uma bancada LGBTI no Congresso Nacional, não temos muitos representantes, enquanto eles possuem, além de uma bancada poderosa, muito dinheiro advindo das suas igrejas. Nessa balança o peso é desigual. 

Precisamos disseminar nossas ideologias, que não são "ideologias de gênero" como afirmam os pastores e padres detentores da "moral" e dos "bons costumes", mas a ideologia que defendemos é a do respeito recíproco, dos direitos ilimitados e da representação com paridade. Representação? Isso mesmo, representação! Precisamos de mais representantes na política e o caminho é eleger políticos que defendam declaradamente nossas bandeiras. Precisamos lotar de gays, lésbicas, transexuais, mulheres, as Câmaras de vereadores, Prefeituras, Conselhos Municipais... 
Precisamos ganhar espaço. Estamos perdendo essa guerra, pois temos pouca representação. Sem representação, sem poder. É no campo das ideias que as coisas se organizam, mas é na política que se concretizam. Estamos em disputa democrática e temos a chance de conquistar nossos espaços. Vamos ganhar essa guerra?  


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Vale a pena ser quem somos!


Nasci no dia 19/12/1980, meus pais e médicos me designaram como do sexo masculino, me deram o nome de Bruno Leonardo e me criaram como um menino. Só que esse menino desde muito pequeno sempre teve muita vergonha do seu corpo, uma vergonha que não entendia o porquê, só sentia. Não suportava que homens e meninos o vissem sem roupa, nem mesmo o seu irmão 3 anos mais velho, um determinado dia quando no pátio da sua escola todos os meninos e meninas iriam tomar banho de mangueira e tinham que colocar as roupas de banho uns na frente dos outros, esse menino com uma vergonha tão grande do seu corpo se recusou, chorou e não deixou que a professora tirasse sua roupa rara vestir sua sunguinha. Gostava de brincar com bonecas, casinha, com brinquedos tidos como "de menina" mas também gostava de carrinho, barquinhos e alguns brinquedos tidos como "de menino", não gostava de brincadeiras violentas, bola, jogar pedras nos coleguinhas. Era um menino tímido, meigo e que se sentia muito mais à vontade ao lado de meninas e mulheres. Conforme crescia cada vez mais se identificava com personagens femininas de desenhos, novelas, filmes, series, livros e ainda mais com personagens de mulheres guerreiras, a frente do seu tempo, que tinham que lutar contra o machismo, racismo, falso moralismo religiosos e de costumes. Quando mudou-se para Juiz de Fora MG no ano de 1991 já com dez anos começou a sofrer com o bullying na escola, os colegas começaram com as piadinhas, começou a conhecer as palavras viadinho , boiolinha , bichinha , a escutar : "vira homem" , "fala que nem homem" , "senta que nem homem" e por aí vai. Como se não bastasse escutar tudo isso na escola teve que escutar tudo isso e mais um pouco de seu pai em uma tentativa de destruir a feminilidade que se aflorava cada vez mais de forma tão intensa e natural e que esse menino nunca quis esconder por não considerar em nenhum momento que estivesse fazendo algo de errado. Foram 8 anos estudando em uma escola , sofrendo com a perseguição que aumentou ao longo dos anos e que aniquilou sua capacidade de concentração nos estudos , que fizeram que repetisse de ano duas vezes e que acabaria com a capacidade de se submeter a qualquer tipo de avaliação seja vestibular , concurso público. Por não ter nenhuma profissão nem qualificação teve que trabalhar com seu pai quando tinha 22 anos , durante dois anos trabalhou como promotor de vendas repondo mercadorias em supermercados , em um ambiente super masculino convivendo com homens e novamente sofrendo todo tipo de perseguição homofóbica. No ano de 2005 foi convidado para ir em uma festa de formatura de sua amiga que estava se formando no curso de direito , a festa foi linda , as amigas estavam lindas mas o Bruno Leonardo estava sufocado em um terno , se sentindo muito mal por estar vestindo uma roupa que não se identificava. Depois dessa festa o Bruno decidiu correr a traz da sua felicidade que era se tornar uma mulher por inteiro , transformar o seu corpo. Foram muitas conversas com uma amiga desabafando sobre o desejo de poder ser quem realmente era e no final do mesmo ano essa mesma amiga assistiu uma reportagem em que contava que a cirurgia de readequação sexual estava sendo realizada pelo SUS no Rio Grande do Sul depois disso decidiu procurar o MGM (Movimento Gay de Minas) para procurar saber se a cirurgia não poderia estar sendo realizada em alguma cidade mais próxima de Juiz de Fora , foi la que o Bruno ficou sabendo que poderia fazer uso do Nome Social e o Bruno que já era chamado pelas amigas de Bruna quando estavam longe de outras pessoas começou a se tornar a Bruna Leonardo. No ano seguinte ouviu de uma pessoa que trabalhava no MGM que tinha uma assistente social que trabalhava no SUS que conhecia um homem trans que estava em tratamento na cidade do Rio de Janeiro , nesse mesmo ano assumi minha identidade de gênero para minha família , amig@s e sociedade . A assistente social me encaminhou para o Hospital Universitário Pedro Ernesto da UERJ e no ano de 2007 entrei no programa do mesmo hospital para o processo transexualizador , foram 2 anos de acompanhamento com o psiquiatra com consultas de 3 em 3 meses para pegar o laudo com o diagnóstico de transtorno de identidade de gênero e mais ou menos 4 consultas por ano com a equipe de urologia que opera e prescreve os hormônios. Foram 6 anos de espera pela cirurgia e no dia 25 de janeiro de 2013 fui submetida a cirurgia de readequação sexual , a cirurgia foi um sucesso e não senti dor em nenhum momento e tive uma ótima recuperação. No mesmo ano passei pelo procedimento de depilação a laser no rosto e assim pude em fim depois de 23 anos me olhar no espelho e me reconhecer enquanto mulher. Estou cada dia mais em paz com meu corpo , com a minha imagem , cada dia mais feliz e realizada!!! Hoje posso dizer que me chamo Bruna Leonardo que sou uma mulher transexual , guerreira , militante , feminista , bruxa , descendente de índios e com sangue baiano correndo nas veias , que encontrou na militância LGBTI um sentido para vida e uma forma de lutar para que tod@s possam ser quem realmente são independente do que os outros vão pensar , independente se estão nadando contra a maré, vale muito a pena lutar por nossos sonhos e sermos quem realmente somos!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Desabafo de uma mulher trans*


É muito engraçado a lógica do judiciário de Juiz de Fora MG , começo 2016 sem conseguir mudar o meu nome de registro e nem o gênero. Esse ano entro no meu quinto ano de espera , o mais interessante que o Bruno Leonardo era um rapaz tímido , com vergonha do seu corpo , das suas características primarias e secundarias masculinas. Não era feliz, mas também não era infeliz, só queria estar em paz com o seu corpo e com sua imagem refletida no espelho. 

A barba no rosto o impedia de ser quem realmente era, de vestir o que queria vestir, de sair sem ter que se preocupar com algo que trazia uma sombra em seu rosto. Não se entregava ao amor e ao sexo por ter vergonha do que tinha entre as pernas , por não conseguir se permitir ter prazer sem culpa. Sua casa e seu quarto eram seu refugio , seus sonhos com um corpo transformado te deram força durante muitos anos para não se entregar a uma tristeza profunda. 

A Bruna Leonardo começou a nascer quando o Bruno decidiu não esperar mais para ser quem realmente era e lutar para conseguir transformar seu corpo e revelar para família e sociedade sua verdadeira identidade , sua essência feminina!!! Lutou com todas as suas forças para entrar no processo transexualizador , teve muita paciência para esperar pelo laudo e pela cirurgia , pela retirada dos pelos do rosto , pelo tratamento hormonal pelo SUS e agora espera para ter em seus documentos o nome e o gênero verdadeiros. 

A Bruna Leonardo se tornou uma mulher guerreira e militante , que lutou pelos seus direitos e que luta pelo direito da comunidade LGBTI. A Bruna Leonardo é conhecida como tal pela família , amigos , movimentos sociais , sociedade , mídia , casa espirita que frequenta!!! É reconhecida como mulher transexual , esta cada vez mais em paz com o seu corpo , com a sua imagem refletida , com suas conquistas , com sua militância que da sentido a sua vida , com sua vida social e não quer mais ficar escondida , refugiada em sua casa , nem no seu quarto!!! Por isso não entendo , o que judiciário quer mais de mim , isso tudo não é suficiente para provar quem realmente sou? O que mais sera preciso? Precisamos mudar isso , e para tal conto com a ajuda de tod@s vcs querid@s amig@s de luta, afinidade, coração e empatia!!!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Colocamos nossa cara no sol

                                                                                                            Juber Marques Pacífico 


Muitos consideram 2015 um ano perdido. Muitas crises políticas, econômicas, humanitárias, terrorismo em vários países, violências contra homossexuais filmadas e transmitidas para todo o mundo pelo Estado Islâmico. No Brasil, tivemos travesti crucificada na Paulista e violentada pela opinião pública, desrespeito às mulheres no Congresso Nacional com demonstrações explícitas de machismo por parte dos deputados e ainda racismos e intolerância religiosa. Esses fatos deram a tônica de um ano complicado, mas isso não significa que ficamos calados.

Colocamos nossa cara no sol e conquistamos mais espaços. Não podemos esquecer a decisão histórica da Suprema Corte dos EUA considerando o casamento homoafetivo um direito garantido aos norte-americanos. E eu comemorei muito. Comemorei também a decisão do governo Obama de derrubar a proibição que impedia homens gays de doar sangue no país (ESPERO QUE ACONTEÇA O MESMO NO BRASIL. ALÔ DILMA!). Apesar da medida ainda ter alguns pontos que precisam ser elucidados, já considerei um avanço importante. Comemorei. Teve casamento gay na Grécia, beijaço gay no Rock in Rio, caminhada de mulheres lésbicas em SP... teve de tudo. E eu comemorei. Como não comemorar os projetos que estão sendo implantados na cidade de São Paulo, possibilitando o protagonismo das trans e travestis?! 

Comemorei a realização em todas as partes do Brasil das Conferências de Direitos Humanos de Gays, Lésbicas, Transexuais, Travestis, Bissexuais e Intersexuais. As Conferências são uma demonstração, mesmo que hoje estejam totalmente aparelhadas por agentes político-partidários, da necessidade de se dialogar os problemas que a nossa comunidade sofre. Em Juiz de Fora a realização da Conferência só foi possível porque o Coletivo Duas Cabeças assumiu o compromisso e a realizou. Aliás, não foram poucos os compromissos assumidos pelo Coletivo em 2015.

O Coletivo Duas Cabeças mostrou sua cara, foi pra luta e também para o diálogo.  E foi assim, lutando e dialogando que, através de uma solicitação assinada por mais de mil alunos e alunas, conquistamos o Nome Social para alunos/alunas e funcionários/funcionárias da UFJF. E como comemoramos. Outra conquista foi a campanha “Libera meu xixi” em que a Diretoria de Ações Afirmativas, com o apoio de vários outros coletivo, implantou nos banheiros da reitoria da Universidade placas sobre o respeito à identidade de gênero: agora cada um usa o banheiro de acordo com o gênero que se identifica. E nós comemoramos.

Dizer que 2015 foi um ano perdido seria duro de mais com a nossa militância. Lutamos muito e conquistamos direitos que se comparados aos nossos anseios são insuficientes, mas que são enormes comparados às barreiras que enfrentamos para concretizá-los. Agora é esperar de 2016 um ano de muita luta para conquistar mais direitos, muito diálogo para colocar em prática os direitos já conquistados e muitas comemorações pelas barreiras que ainda vamos derrubar.
E como diria o mestre Chico Buarque: “Amanhã há de ser outro dia”.

sábado, 29 de agosto de 2015

Visibilidade lésbica: vamos falar de saúde?

Falar em visibilidade lésbica inclui pensar em como essas mulheres vivem e experienciam suas vidas na contemporaneidade, inclusive no domínio dos seus corpos e da saúde. Mas vamos pensar um pouco sobre o percurso que a sexualidade feminina vem traçando com a emergência de aparatos em saúde desenvolvidos pelo Estado a partir do século XIX? 
Nunca se falou e se produziu tanto sobre sexo e sobre sexualidade desde a emergência das especialidades biomédicas, como a ginecologia, a sexologia e a psiquiatria. E foi a partir do século XIX que essa tecnologia interviu tanto naqueles corpos que eram considerados necessitados de tutela do Estado, da escola e dos cientistas, que estavam constantemente em perigo, lembrando que as forças normativas se colocavam no jogo do biopoder enquanto forças masculinas. Quais eram esses tutelados saturados de sexualidade? A criança masturbadora, os casais heterossexuais que praticavam sexo se valendo de métodos contraceptivos, e os perversos. Os perversos quem eram? Todos aqueles com algum tipo de prática desviante não heterossexual, que praticavam sodomia. 
O corpo da mulher foi visto e entendido, desde então, como aquele para procriar e para compor junto à sociedade seu papel passivo e ligado à natureza, maternal, do cuidado e do lar. Como podemos pensar a sexualidade e a saúde sexual das mulheres lésbicas nesse contexto? Foi patologizada e invisibilizada, poderia se dizer. A mulher lésbica não está em um relacionamento que permita, a priori, cumprir esse papel passivo e maternal. Ela se torna uma figura transgressora nessa dinâmica dos papéis sexuais. Com a emergência dos movimentos de contracultura da década de 60 algumas importantes mudanças aconteceram no cenário ocidental, o que inclui o nosso país. Mulheres da classe média começaram a ocupar de forma mais vigorosa o mercado de trabalho, os métodos contraceptivos hormonais, como a pílula, permitiram maior liberdade na escolha do momento de ter filhos, e o movimento feminista e homossexual iniciou suas lutas nos campos de direitos, etc. 
Em todo esse cenário de luta, onde está a mulher lésbica? De forma marginal, pode-se se dizer que essa mulher estava no Brasil tanto nos movimentos feministas quanto nos movimentos homossexuais. Mas as pautas de direitos sexuais passaram a se concentrar de forma muito mais fortemente ligada ao planejamento reprodutivo enquanto contracepção e ao direito ao aborto para mulheres com práticas sexuais heterossexuais e nas políticas públicas ligadas ao HIV/Aids, que emergiu a partir da década de 80. E hoje, as demandas das mulheres que se envolvem com mulheres continuam marginais e inviabilizadas. 
Para além das políticas públicas, pensemos nos contextos micropolíticos. Você, mulher lésbica (ou que está em um relacionamento com outra mulher), como se sente ao procurar um serviço de saúde? E quando vai a uma consulta com um profissional médico ou da enfermagem? Situações de inadequação nos atendimentos são corriqueiros e variados, seja porque a mulher não se sente a vontade para falar de sua sexualidade, seja pelo julgamento velado, ou pelas outras violências simbólicas e até físicas que podem ocorrer. Há relatos como a insistência ou até a invasão ao se fazer uma ultrassonografia transvaginal em mulheres que não se sentem a vontade com esse procedimento porque nunca foram penetradas, por exemplo. Outra questão importante, mulheres lésbicas são atendidas em suas dúvidas quando pedem dicas para se prevenirem contra doenças sexualmente transmissíveis e contra o HIV? Sim, sexo entre mulheres pode transmitir doenças, e não há tecnologia desenvolvida para proteger adequadamente e preservar o prazer de forma satisfatória. 
E quando pensamos nas mulheres transexuais que se relacionam com outras mulheres, sejam elas trans ou cissexuais? Parece que a situação é ainda mais nebulosa, para me valer de um eufemismo. A população transgênero é carente de quase todo tipo de atenção, que quando vem, surge na forma de estigma. Estão essas mulheres orientadas quanto às suas questões de saúde? Creio que não. 
Mulheres trans, acho que podemos fazer um texto somente para vocês, que tal?

Texto por Marina Guimarães

Como se divertir no Dia da Visibilidade Lésbica!

     Feliz dia da visibilidade lésbica!

     Hoje eu (Paula) e minha namorada (Isabela) decidimos escrever um post especial para você comemorar o dia da visibilidade com filmes e série na temática lésbica! Esteja você na bad, fora dela, com moze ou sem! Então selecionamos o que tem de melhor no vasto mundo da Internet. Alguns dos filmes/séries nós vimos, e escrevemos o que achamos junto com a sinopse.
     Mas, antes de mais nada, vamos indicar uma ferramenta que vai ajudar a encontrar a maioria dos filmes e séries: o Popcorn Time! É um programa que funciona como a Netflix, mas é de graça, testado e muito bem aprovado por nós!

Baixe aqui: https://popcorntime.io/ (dica: não faça download pelo Baixaki, vem com vírus!)


Filmes

1.  "Gia, Fama e destruição" 1998, EUA

https://www.youtube.com/watch?v=_po0Ez6t0
Gia Carangi (Angelina Jolie) sai da Filadélfia e se muda para Nova Iorque para se tornar uma modelo e chama imediatamente a atenção da poderosa agente Wilhelmina Cooper (Faye Dunaway). Sua atitude e a beleza a ajudam a levantar-se rapidamente na vanguarda da indústria da moda, mas sua solidão persistente a leva a experimentar drogas como a cocaína. Ela se envolve num caso amoroso com Linda (Elizabeth Mitchell), uma maquiadora. No entanto, depois de um tempo Linda começa a se preocupar com o uso de drogas Gia e dá-lhe um ultimato. Ou ela ou as drogas.
(Assistimos e NOOOOSSA <3 mas não assista com seus pais)




2.  "Imagine Eu e Você" 2006, UK-Alemanha

https://vimeo.com/110009676 (disponível no Netflix)
O filme inicia com o casamento de Rachel (Piper Perabo) e Heck (Matthew Goode). Quando Rachel entra na igreja vê por momentos Luce (Lena Headey), a florista do seu casamento contratada por Heck, uma lésbica assumida. Este é o momento em que Rachel se apaixona, mas não pelo seu noivo. Luce desenvolve uma amizade com a pequena H, irmã de Rachel, o que leva à proximidade de Luce à família e a Rachel. A partir daí instala-se a confusão de sentimentos e incertezas em Rachel em relação ao amor.O executivo Heck e a bela Rachel formam um jovem casal prestes a dizer sim, quando um encontro inesperado vira o mundo dela de cabeça para baixo.
(Nós assistimos e gostamos muito, fofinho!)



3.  "Assunto de meninas" 2001, Canadá
https://www.youtube.com/watch?v=uM7vyyDVli4  
Mary "Mouse" Bedford (Mischa Barton) é enviada ao colégio interno "Perkins Girls" pelo seu pai e sua madrasta quando sua mãe morre. É uma menina tímida, mas rapidamente é aceita pelas suas duas colegas de quarto, Paulie e Tory (Piper Perabo e Jessica Paré), conhecidas como as garotas perdidas do colégio. As três formam um laço de amizade muito forte e tornam-se inseparáveis. Apesar da amizade entre elas, Mouse fica confusa acerca da proximidade do relacionamento entre Paulie e Tory. Rapidamente descobre-se que a sua partilha vai para além da simples amizade.


4.  "Bloomington"  2010, EUA
http://megafilmeshd.net/bloomington/
Bloomington conta a história de Jackie Kirk (Sarah Stouffer), uma ex-estrela infantil de uma série de televisão sci-fi que espera encontrar independência da sua mãe dominadora. Jackie deixa a sua casa na Califórnia e vai para o Centro-Oeste (Bloomington, Indiana) para a faculdade. Mas como não se encaixa com seus pares, Jackie é imediatamente atraída por Catherine (Allison McAtee), uma jovem professora, com uma estranha reputação na escola.
(Vimos e achamos chato :P)


5.  "Azul é a cor mais quente" 2013, França
http://megafilmeshd.net/azul-e-a-cor-mais-quente/ (disponível no Netflix)
Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma garota de 17 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher. A relação sofre alguns percalços que acompanham o amadurecimento e as frustrações de Adele.
(Tem MUITO sexo, não veja na tv da sala hahahaha! Paula, pisciana, não gostou. Isa, de áries, achou ótimo ¯\_(ツ)_/¯)


6.  "Flores Raras" 2013, Brasil  
https://www.youtube.com/watch?v=lHJAJLlWSbY
O filme é baseado na história de amor real entre a poetisa americana Elizabeth Bishop e arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares. Ambientado em Petrópolis, dos anos de 1950 e 1960, a história coincide com o surgimento da Bossa Nova e a construção e inauguração da capital Brasília. O filme trata a história dessas duas mulheres e suas trajetórias.


7.  "Melhor que chocolate" 1999, EUA
https://www.youtube.com/watch?v=TH1ZgLsE_ig
Maggie trabalha em uma livraria e dança à noite no bar “Rabo do Gato”. Enquanto batalha para arrumar sua vida, age de modo ambíguo com a família, sem coragem de assumir que é lésbica. A jornada para romper o jogo de mentiras tem início quando ela se apaixona por Kim e tem que hospedar a mãe recém-divorciada em sua casa.


8.  "Quarto em Roma" 2010, Espanha
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-um-quarto-em-roma-legendado-online.html
As jovens Alba (Elena Anaya) e Natasha (Natasha Yarovenko) se conhecem ao acaso em uma noite de verão. A partir de então, elas passam doze horas juntas em um quarto de hotel ( ͡° ͜ʖ ͡°). A princípio resistentes a qualquer tentativa de aproximação, temendo pôr em risco os relacionamentos reais que cultivam no exterior, as duas acabam cedendo a seus instintos mais inesperados, numa entrega apaixonada a uma liberdade que nunca experimentaram. No entanto, na tarde do dia seguinte, as duas devem embarcar em aviões com destinos distintos: uma irá para a Espanha, a outra para a Rússia. 


9.  "Minhas mães e meu pai" 2010, EUA
https://www.youtube.com/watch?v=zKgE4M1iL8U
Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore) são casadas e dividem um harmonioso lar na Califórnia com seus filhos adolescentes, Joni (Mia Wasikowska) e Laser (Josh Hutcherson). Antes de Joni entrar para a Universidade, Laser pede ajuda para encontrar o pai biológico deles, já que os dois jovens foram concebidos por inseminação artificial. Ela indo contra a vontade de suas mães, entra em contato com o pai (Mark Ruffalo). Os jovens logo se identificam e criam laços com ele. Na medida em que o pai começa a fazer parte da vida de todos, um novo e inesperado capítulo se inicia para esta família inusitada e nada convencional. 



Séries

1.  Orange is The New Black, série original da Netflix
http://www.netflix.com/title/70242310
A série se desenvolve ao redor da história de Piper Chapman (Taylor Schilling), que mora em Nova York e é condenada a cumprir 15 meses numa prisão feminina federal por ter participado do transporte de uma mala de dinheiro proveniente do tráfico de drogas a pedido da sua ex-namorada, Alex Vause (Laura Prepon), que é peça importante num cartel internacional de drogas. O delito ocorreu dez anos antes do início da série e, no decorrer desse período, Piper seguiu sua vida tranquila entre a classe média-alta de New York, ficando noiva de Larry Bloom (Jason Biggs). Quando presa, Piper reencontra Alex, elas reanalisam seu relacionamento e lidam com suas companheiras de prisão.
(Isa adora)


2.  Faking it, da MTV
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-faking-it-todas-as-temporadas-dublado-legendado-online.html
Até onde vão as melhores amigas para se encaixarem e se tornarem populares? Na Hester High, ser diferente é popular. Amy Raudenfeld (Rita Volk) e Karma Ashcroft (Katie Stevens) já tentaram de tudo para se encaixar, mas nunca realmente conseguiram. Quando as melhores amigas fingem que são lésbicas e involuntariamente são nomeadas para se tornar rainhas do baile, fazem de tudo para que os outros pensem que realmente são lésbicas. Karma, por outro lado se apaixona por Liam Booker (Gregg Sulkin) e decide manter sua relação em segredo enquanto ainda finge ser lésbica. Amy logo diz à Shane Harvey (Michael Willett) que ela e Karma estão fingindo para serem populares, mas ela não tem certeza de o que ela realmente é.
(Isa adora também)


3.  The L Word
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-the-l-word-todas-as-temporadas-dublado-legendado-online.html
A série centra-se nas vidas e relacionamentos de uma série de mulheres lésbicas e bissexuais que vivem no bairro de West Hollywood, em Los Angeles. No início da série, Bette Porter, directora artística de uma galeria de arte, e Tina Kennard, um casal há 7 anos, tentam conceber um bebê por inseminação artificial; Dana Fairbanks, uma tenista em ascensão, lida com assumir-se; Jenny Shecter, uma aspirante a escritora que acaba de se licenciar, que recentemente se tornou vizinha de Bette e Tina com o seu namorado Tim Haspel, lida com a sua crescente atração por Marina Ferrer e Alice Pieszecki, uma jornalista bissexual, debate-se com a sua relação pouco saudável com a sua namorada intermitente. O ponto de encontro das amigas é, desde então, o bar e café The Planet, onde frequentemente se encontram nos episódios. A dona deste é Marina Ferrer, que assim conhece o grupo, e mais tarde Kit Porter, a irmã de Bette, uma antiga cantora com um problema alcoólico.
(Paula é viciada e já assistiu duas vezes)


4.  The Real L Word
http://sapacine.blogspot.com.br/2013/11/the-real-l-word-todas-as-temporadas.html
A versão reality da badalada “The L Word” mostra o cotidiano de seis mulheres homossexuais na agitada Los Angeles. Mikey, Nikki, Rose, Tracy e Whitney inspiraram a produção de ficção que virou sucesso na TV americana. Foi a partir daí que a produtora Ilene Chaiken reuniu as meninas para mostrar como a vida real pode ser ainda mais atraente do que a ficção.
(Paula assistiu mas achou que sua própria vida era mais interessante)


 Deixamos um site com mais opções para quem quiser assistir: http://filmeslesbicos.webnode.com.br/filmes-lesbicos/

Divirta-se! :D