O Coletivo Duas Cabeças é um espaço de discussão de assuntos relacionados à diversidade sexual. Em nossas reuniões já discutimos a PL 122, projeto de lei que visa criminalizar a homofobia, equiparando-a ao racismo; o nome social dxs trans*, pessoas que não se identificam com o gênero que nasceram, dentre outros. Temos, entre nossos objetivos, tornar um grupo de referência nesta Universidade para todas as e todos os LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros), sem excluir, obviamente, as e os heterossexuais. Acreditamos que é possível construir uma sociedade mais justa, onde as pessoas tenham suas identidades, orientações sexuais e comportamentos respeitados.
A idealização do coletivo se deu durante a realização do estamPARANDO a homofobia, ato ocorrido no dia 6 de junho de 2014, por volta das 11 horas no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O ato foi motivado por um episódio de lesbofobia ocorrido na casa noturna Mansão, na Festa de Encerramento das Olimpíadas UFJF.
O coletivo surgiu da necessidade, percebida pelos e pelas participantes do ato, de discussões sobre diversidade sexual e gêneros, além da falta de uma referência para LGBTs da Universidade recorrerem quando se depararem com situações como a ocorrida na Mansão.
Ao incorporar a alcunha do Exu Duas Cabeças, chamamos a atenção para um traço comum entre nós e a África: assim como as religiões africanas, os LGBTs têm um lugar periférico na sociedade. Os Exus são mal vistos pela sociedade, mas, na umbanda, eles servem para acabar com a inércia e dar o movimento, trazendo mudanças e abrindo caminhos. Dentre os exus, há o Exu Duas Cabeças, uma feminina, outra masculina, representando a parte feminina que há em todo homem e a parte masculina de toda mulher.
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