Esse tipo de opressão social legitima algumas ações, tais como a de Infeliciânus, MALAfaia, Levy Infidélix, Jair Dinossauro, ações estas que fazem com que nós, LGBTs, sejamos massacrados, odiados, repudiados, agredidos, violentados, assassinados, simplesmente por não correspondermos aos padrões extremamente conservadores desse cistema opressor. Seja o que tem que ser, seja quem quiser, como diria Lady Gaga:
"Don't hide yourself in regret
Just love yourself and you're set
I'm on the right track baby
Quando eu era criança, eu me identificava com muito pouco do universo "masculino", só gostava dos carrinhos (paixão que tenho até hoje), quando criança me forcei a ser menino e fazer as coisas que os meninos faziam, jogay[sic] bola, fiz capoeira, tentava dar uns beijinhos nas meninas da minha idade, mas foi tudo sem sucesso. Me sentia realizado quando ia brincar com meus carrinhos e e as bonecas da minha irmã, tudo junto, tudo misturado, me sentia realizado quando, escondido, calçava os scarpins da minha irmã, as sapatilhas e sandálias de mamãe, vestia as saias e blusas que elas tinham. Quebrar o batom delas, meu hobby, quebrei inúmeros tentano passar em minha boca. Tudo isso na maior inocência pueril. Tudo na maior opressão heteronormativa e cis*.
Acho que essa tentativa de me padronizar desde criança pode ter vindo a barrar uma possível transformação, mas, na mesma naturalidade que me sentia completo quando criança, me sinto completo hoje, com 20 anos, como homossexual cis*.
No entanto isso não quer dizer que eu não sinta manifestações femininas pulsando e exalando, com uma força extrema de expressão, força essa que tenho que controlar. Controlar por que? Porque vivemos num cistema heteronormativo. Precisa-se da liberdade, meu corpo e minha alma clamam por ela.
Sejamos.
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